O divórcio e o juramento “Até que a morte os separe”.

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O divórcio e o juramento “Até que a morte os separe”.

O divórcio é uma realidade na sociedade contemporânea e muitos casais, por diferentes motivos, decidem seguir caminhos separados. No entanto, essa situação pode gerar conflitos e dúvidas em muitas pessoas, principalmente aquelas que, de alguma forma, foram influenciadas pela ideia de que o casamento é uma união indissolúvel.

Essa ideia é bastante difundida em contextos religiosos, especialmente no cristianismo, que valoriza a instituição do casamento como uma união sagrada e duradoura. Na Bíblia, por exemplo, encontramos diversas passagens que falam sobre o casamento e a importância de se manter a fidelidade e a união entre os cônjuges.

Uma dessas passagens é encontrada em Mateus 19:6, em que Jesus afirma: “Assim, já não são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, ninguém o separe”. Essa frase é muitas vezes citada em cerimônias de casamento como uma forma de enfatizar a importância da união entre os cônjuges e do compromisso de manter essa união até o fim da vida.

No entanto, é importante lembrar que essa passagem não deve ser interpretada de forma isolada, sem levar em consideração o contexto em que foi escrita. Naquela época, o divórcio era visto como algo bastante comum e muitos homens se divorciavam de suas esposas por motivos fúteis.

Por isso, quando Jesus fala sobre a união indissolúvel do casamento, ele está se referindo à importância de se manter a fidelidade e o compromisso mútuo, e não a uma proibição absoluta do divórcio. Em outras passagens da Bíblia, como em Mateus 5:32 e 1 Coríntios 7:15, encontramos referências ao divórcio em casos de adultério e de descrença por parte de um dos cônjuges.

Assim, podemos concluir que a ideia de que o casamento é uma união indissolúvel não deve ser vista de forma absoluta, mas sim como um ideal a ser perseguido pelos casais. O divórcio é uma possibilidade que deve ser encarada com seriedade e responsabilidade, e não como uma opção fácil ou banal.

Por fim, é importante lembrar que a instituição do casamento é uma criação divina, e que, como tal, deve ser valorizada e respeitada pelos cristãos. No entanto, isso não significa que a união entre os cônjuges deva ser mantida a todo custo, sem levar em consideração as circunstâncias e as dificuldades que possam surgir ao longo do caminho. O divórcio pode ser uma solução dolorosa, mas às vezes necessária, para que os cônjuges possam seguir caminhos diferentes e encontrar a felicidade e a realização em suas vidas.

By, Projeto Sarados

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